Como é de conhecimento geral, a Casa da Magia Geração, tem como principal característica a prática da Alta Magia. No entanto, nos dias atuais, falar sobre o assunto é quase um exercício de resistência.
Acontece que diante de influências modernas (e até da cultura POP), a Alta Magia passou por uma certa degradação, como se não existissem limites ou justiça para aqueles que a praticam.
No entanto, quando colocamos um olhar realista sobre as práticas e analisamos todos os fundamentos por trás da Casa, percebemos que existem leis bem claras.
Aliás, leis que atingem não só aos que fazem Alta Magia. Mas, a todos os praticantes de algum tipo de prática mágica, religiosa ou não.
Por essa razão, no post de hoje, viemos conversar um pouco mais sobre o assunto e explicar as Leis e a Justiça Divina fundamentais que regem o Universo Mágico.
As Leis e Justiça Divina que amparam a Alta Magia
A Lei ampara, mas ela pode derrubar também, assim como uma espada que protege também fere.
A Lei Divina é movimentação de energia, independente de tradição ou religião. É nomeada de diversas formas e Divindades como por exemplo Lei de retorno, Lei tríplice, Lei de Karma, Arcanjo Miguel, Ogum, Athena entre tantos outros.
Mesmo que sejam diversos nomes, todos respondem ao Trono Maior da Lei. Rodas Divindades atuantes no campo da Lei trabalham como instrumentos do Trono da Lei dentro de suas hierarquias e a grande maioria delas traz a espada como arma.
Isso não tira o poder de cada Divindade dentro da sua atuação, apenas as fortalecem, dando-lhes outorga para agirem dentro da Lei. Assim como as Divindades de guerra que ordenam, movimentam e cortam, pois, são regidos e ancorados pelo trono da Lei, logo, fortalecidos por Ela.
Cada Trono possui suas funções e elementos, todos realizando movimentações de diferentes energias em polos positivos e negativos. É importante lembrar que o termo negativo é apenas nomenclatura e não remete a uma função ruim. Mas, sim, ao fato de subtrair, sugar, tirar, eliminar, extinguir e o positivo em expandir, alimentar, somar e acrescentar.
Os Tronos e a Lei operam sobre tudo e todos, mesmo que alguém não conheça ou não acredite ela também está sob atuação da Lei, da mesma forma que a gravidade atua sobre todo o planeta independente de acreditar ou não, a Lei também.
Para compreender melhor os tronos...
Para exemplificar, vamos utilizar o Trono do Amor: em situações que sejam realizadas amarrações, as consequências desta são equivalentes a um crime contra a Lei do Amor.
A atuação de Deus, do Todo ou Universo e dos Tronos às vezes é vista como punição, mas não é tão simples. Essas vibrações trabalham para o nosso aprendizado e evolução, a natureza do ser humano exige impulso na dificuldade para evoluirmos, somente através das consequências dos nossos atos é que aprendemos o que a vida realmente é, colhendo o que plantamos dentro do que cada um merece.
Porém, torna-se muito confortável culpar Deus, Exus, Magia, Demônios e Divindades pelos problemas que nós mesmos geramos, problemas esses através de raiva, ódio e vingança contra irmãos, assim apenas recebemos mais do que estamos dando.
Mas como a Lei vai equilibrar tudo isso?
Através da Justiça Divina. Sendo a Lei que ordena e a Justiça que bate o martelo dentro do merecimento de cada um.
Para que isso aconteça temos a Lei do embaixo e a Lei do alto, ambas trabalham juntas, mas de formas diferentes. A Lei do embaixo vai trabalhar de forma incisiva e rígida, fazendo o que for necessário para que determinada pessoa aprenda e veja o que ela está errando até entender como se movimentar direito na vida sem ir contra a Lei.
Do mesmo modo que a Lei do alto irá atuar por meio da via do Amor em momentos difíceis, acolhendo, abraçando e mostrando a beleza que existe na vida. Porém, e se você foi traído, atacado e machucado, e decidir devolver tudo o que sofreu?
Nesse caso, precisamos fazer um questionamento relevante: qual a diferença entre você e a pessoa que te causou tudo isso? Você deseja ser tão doentio quando ela?
Entenda que quem ataca já está no chão, não cabe a nós decidirmos bater o martelo da Justiça e julgar o nível de merecimento do outro tentando buscar vingança, nesses momentos só nos cabe clamar por ajuda e entregar nas mãos da Lei e da Justiça Divina.
Assim como Exu, que trabalha com a Lei do embaixo, nos aconselha a não atacarmos ou nos vingarmos. Porque o que nós fizermos contra alguém não chegará aos pés do que ele pode fazer, atuando dentro da Lei. E vai além: ainda corremos o risco de sermos atacados novamente, tornando tudo isso um ciclo sem fim apenas porque não tivemos o esforço de ter autocontrole e deixar a Justiça Divina trabalhar.
Porém, há diferença entre ser vingativo e ser omisso. Entre eu usar a espada ou deixá-la disponível para que a Lei determine o que deve ser feito, qual você acredita ser o melhor? O corte que você fará é infinitamente menor do que a Lei poderá fazer.
A omissão pode gerar retorno também, pois a mensagem que você passa é a de que você aguenta continuar apanhando. E assim será. Mas, se você apenas ativa a Lei e a Justiça, deixando claro que sua intenção não é ódio ou vingança, mas sim, ativar por respeito a si e autopreservação. Então, a Justiça trabalhará de imediato.
Mas, então, eu não tenho liberdade e não posso fazer nada?
Qualquer ação que você tenha contra o outro, vai ferir você mesmo. No entanto, se você estiver dentro dentro da Lei, está amparado.
Seja qual for a entidade que a pessoa chame, para realizar o trabalho destrutivo, terá um preço e esse preço é alto, como contratos, pactos e acordos. Então, se você fizer o mal, ignorando a Lei, estará preso e não amparado.
Alguém que faz amarração, por exemplo, têm seu corpo espiritual cercado por correntes, que podem ser vistas pelo médium. Essas correntes são ligadas aos obsessores que atuam na amarração e então vem a pergunta: nestes casos quem realmente é livre?
Divindades de Lei
As Divindades de Lei costumam ter medo ou serem inseguras na hora de trabalhar? Ogum, Iansã, Athena, Ares, Exu, Pomba Gira e tantos outros aparentam ter medo de agir com a Lei? Claro que não, jamais! Eles apoiam o livre-arbítrio e devem ser fonte de inspiração para nós, mostrando que quem trabalha dentro da Lei não tem que ter medo pois sempre terá segurança, força e liberdade.
É através do medo que obsessores e outros seres atuam, pois, assim eles têm maior acesso e poder sobre nós. Muitas vezes vemos essas atuações frente a frente. Um exemplo é quando alguém despeja traumas e projeções dos próprios erros em nós, deixam muito claro que tudo que o outro critica é apenas reflexo do que ele é por dentro.
Podemos ir mais longe ainda. Existem pessoas que realizam magias destrutivas e magias com morte, mas quando a situação aperta querem chamar por atuação da Lei. Nesse caso, trata-se apenas de hipocrisia e ignorância, a Justiça vai bater o martelo como sempre.
A Lei em algumas vertentes
A falta de tolerância ou conhecimento faz com que existam muitas pessoas que não compreendem o trabalho da Lei embaixo, sendo que eles são a própria face esquerda do Criador.
São aqueles que não têm medo, usam da sua ousadia e andam de mãos dadas com a Lei, aqueles que têm a rigidez de estarem sempre dentro da Lei.
Para entender um pouco mais da atuação do Trono da Lei em algumas vertentes:
Umbanda
Chame a Deus, sua Lei Maior e Justiça Divina e logo depois o Orixá.
Faça oferendas a Xangô, Egunitá (justiça), Iansã e Ogum (lei). Energias essas que foram criadas para nos ajudar.
Ogun
Toalha ou pano: vermelho
Velas: branca e azul escuro
Cor de fitas: branca e azul escuro
Linhas: branca e azul escuro
Flores: cravo e palmas vermelhas
Frutas: melancia, laranja, pera, goiaba vermelha, ameixa preta, abacaxi, uvas;
Bebidas: licor de gengibre, cerveja branca
Pembas: branca e escura
Egunitá
Toalha ou pano: laranja
Velas: laranja e vermelha
Cor de Fitas: laranja
Linhas: laranja
Flores: palmas vermelhas
Frutas: laranja, abacaxi, pitanga, caqui
Bebidas: licor de menta, champagne de sidra
Pemba: laranja
Iansã
Toalha ou pano: branco e amarelo
Velas: branca e amarelo
Cor de fitas: amarelo
Linhas: amarelas
Flores: amarelas em geral
Frutas: laranja, abacaxi, pitanga, uva, morango, ambrósia, melancia, melão amarelo, pêssego e goiaba vermelha
Bebidas: champagne de uva ou de sidra
Comidas: abacaxi em calda, arroz-doce e com bastante canela em pó por cima.
Pembas: amarela
Xangô
Toalha ou pano: marrom ou vermelho
Velas: branco, marrom ou vermelho
Cor de fitas: branco, marrom ou vermelho
Linhas: branca, marrom ou vermelho
Frutas: abacaxi, melão, manga, melancia, figo, caqui, laranja, goiaba vermelha
Bebidas: vinho tinto seco, cerveja preta, licor de chocolate
Comidas: com quiabos picados em rodelas e levemente cozido
Pembas: branca, marrom e vermelha
Bruxaria
Chame o Universo, o Todo ou Deus e logo após Deuses da guerra que são de Lei como Ares, Athena, Marte, Odin, Teutates e outros. Chame também elementais do Ar (Lei) e elementais do fogo (Justiça). Ofereça elementos para eles trabalharem melhor aqui na matéria, como pedras, ervas, velas de cor azul escura ou amarela (Lei), vermelho ou laranja (Justiça), apenas abra seu coração e explique a situação.
Caso não seja de tradição nenhuma, chame Deus, Sua Lei Maior e Justiça Divina e os Guardiões da Lei e Justiça, peça a eles auxílio, coloque elementos de cor azul escuro, laranja, amarelo e vermelho use sua intuição, tendo intenção sincera você será ouvido.
Não importa a tradição, Lei e Justiça são universais mesmo com vários nomes. Sendo assim, faça de coração limpo, sem raiva, sem rancor, sem querer se vingar ou prejudicar. Se a pessoa pagar no polo negativo ou positivo não cabe a nós escolhermos e sim deixar a justiça atuar.
Sempre agradeça quem foi chamado no fim do ritual. É importante direcionar oferendas, objetos e velas para Lei e a Justiça porque isso coloca travas para outros seres não se apossarem dos elementos usados nos rituais.
Abra seu coração e mostre as injustiças e ataques de outros, encarnados ou não. E caso você fez algo de errado que causou intrigas, ódio e vingança, peça para a Justiça limpar raiva, tristeza, mágoas que possam estar dentro de você e tudo aquilo que você pode ter direcionado para um irmão de forma consciente ou inconsciente.
Faça apenas para você, caso alguém precise, então que esta pessoa faça para ela o ritual. Somente a Lei sabe quem deve e quem merece. Mesmo que a vontade de ajudar seja verdadeira, nem sempre sabemos tudo que está no merecimento daquela pessoa.
Todo conteúdo deste texto é fundamentado em estudo, experiência e iniciações em diferentes sistemas de atuação dentro da Lei de Bruno Denis. Ele é Mago Iniciado em Magia Divina sistema de Rubens Saraceni de Alta Magia, Terapeuta Reencarnacionista, trabalhou com encaminhamento de obsessores, sendo muito incorporados e possui anos de experiência com atuação no Campo da Lei.
Para finalizar, abaixo um trecho do livro Guardião da Meia-Noite de Rubens Saraceni onde exemplifica tudo o que foi explicado aqui:
“Não pense que consegui o meu poder sendo um tolo. Sempre dormi com um olho aberto. Nunca deixei uma ofensa sem resposta, nem um inimigo mais fraco sem conhecer o meu poder. Nunca deixei de respeitar um igual ou de temer a um mais forte. Foi assim que consegui tanto poder. Também nunca saí da lei do carma. Não derrubo quem não merece, nem elevo quem não fizer por merecer. Não traio a ninguém mas também não deixo de castigar um traidor. Leve o tempo que for necessário, eu o castigo. Não castigo um inocente mas não perdoo um culpado. Não dou a um devedor mas não tiro de um credor. Não salvo a quem quer se perder mas não ponho a perder quem quer se salvar. Não ajudo a morrer quem quer viver mas não deixo vivo quem quer se matar. Não tomo de quem achar mas não devolvo a quem perder. Não pego o poder do senhor da Luz mas não recuso o poder do senhor das Trevas. Não induzo alguém a abandonar o caminho da Lei mas não culpo quem dele se afastou. Não ajudo alguém que não queira ser ajudado mas não nego ajuda a quem merecer.
Sirvo à Luz mas também sirvo às Trevas. No meu reino eu mando e sei me comportar. Não peço o impossível mas dou apenas o possível. Nem tudo que me pedem eu dou, mas nem tudo que dou é porque me pediram. Só respeito à Lei do Grande da Luz e das Trevas e nada mais. É por isso que o Grande exige de mim, portanto é isto que eu exijo dos que habitam o meu reino. Não faço chorar o inocente mas não deixo sorrir o culpado. Não liberto o condenado mas não aprisiono o inocente. Não revelo o oculto mas não oculto ao que pode ser revelado. Não infrinjo à Lei e pela Lei não sou incomodado. Agora sabe de onde vem meu poder, senhor da Meia-Noite.
Eu sou um dos sete guardiões da Lei nas Trevas; os outros seis, procure e a Lei lhe mostrará.”
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